sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"No ventre da poesia" no CINECONGO

  Filmes Selecionados

 COMPETITIVA PANORAMA INTERIOR

Documentário

- No meu pé de parede (15’) Dir: Igor do Egito – Serra Branca
- Na cabeça do povo (15’) Dir: Helena Maria Pereira – Nazarezinho
- Travessia (15’) Dir: Kennel Rógis – Coremas

Ficção

- Antoninha (19’49’’) Dir: Laercio Ferreira Filho – Aparecida
- Degradação das Almas (15’) Dir: Ismael Moura – Cuité
- As Folhas (14’) Dir: Deleon Souto - Patos


COMPETITIVA PANORAMA CIDADES GRANDES

Documentário

- No ventre da poesia  (15’) Dir:Karlla Christine e Carlos Mosca – Campina Grande
- A identidade da memória morta (15’) Dir: Rebeca Cirilo – Campina Grande
- Irmãs (15’) Dir: Gian Orsini – João Pessoa

Ficção

- Olhar_Particular (10’40’’) Dir: Paulo Roberto – João Pessoa
- Nublado (11’20’’) Dir: João Paulo Palitot – João Pessoa
- Metafísica (12’) Dir: Eduardo Gomes – João Pessoa


COMPETITIVA PANORAMA MINUTO

- A Foca do Judeu – Dir: Altiéres Estevam, Diane Silva e Jonatha Medeiros- Campina Grande
- Capote – Dir: Carine Fiúza e M. Quixaba – João Pessoa
- João Teimoso II – Dir: Laércio Ferreira Filho – Aparecida
- Cidadezinha Qualquer – Dir: Wellyson Malon Júnior - Picuí


PANORAMA INFORMATIVA BRASIL

- Pegadas de Zila (Fic. 11’) Dir: Valério Fonseca - RJ
- O Poeta e a Bicicleta (Doc. 12’) Dir: Thalles Chaves, Toinha Lopes e Gustavo Luz – RN
- Aperreio (Doc. 20’) Dir: Doty Luz e Humberto Capucci – SP
- Mato Alto (Doc. 15’) Dir: Arthur Leite – CE
- Apenas Um  (Fic. 7’58’’) Dir: Leo Tabosa – PE

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Cineport: um balanço preocupante

O 5º Cineport terminou ontem em João Pessoa com um balanço um tanto preocupante. De um lado, são evidentes as virtudes desse único festival a reunir filmes e gentes do mundo lusófono. De outro, não há como escamotear os problemas de organização e infraestrutura que ameaçam sua reputação. A caótica cerimônia de premiação, na noite de sábado, pareceu a todos um reflexo do que foi o festival.

A edição deste ano contou com um orçamento menor que a anterior, em 2009, e teve que enfrentar uma greve dos correios que tumultuou a chegada de materiais para exibição. Como resultado, a primeira metade do evento transcorreu com programação fechada em cima da hora e a desorientação reinando entre público, imprensa, realizadores e a própria equipe do festival. Na hora das exibições, apesar da qualidade do equipamento instalado e da boa vontade dos técnicos, as condições acústicas frequentemente deixaram a desejar e as projeções muitas vezes foram prejudicadas por DVDs claudicantes e incompatibilidades entre sistemas digitais, quando não simplesmente canceladas.

Para o futuro, o Cineport precisa fazer um arrazoado técnico para orientar a remessa de filmes nos suportes adequados e estabelecer prazos mais folgados para recebê-los e testá-los. Se bem que nada é fácil quando se trata de lidar com a produção vacilante e as carências de circulação dos filmes africanos. É sempre preciso dar esse desconto.

A presença de diretores, produtores, técnicos e críticos do Brasil, Portugal e África também merece ser melhor aproveitada mediante não apenas passeios e simpáticos contatos informais. É inconcebível não constar na programação nenhum tipo de encontro para troca de experiências e informações, conhecimento de projetos, investigação de complementaridades, etc. Mesmo os encontros casuais poderiam ser potencializados caso houvesse um circuito de comunicação minimamente eficiente entre os convidados, assim como entre o festival e o público. O que se viu neste ano foi uma grande desconexão entre tudo e todos, uma ausência de foco e uma curadoria que não conseguiu transmitir suas intenções. Nem mesmo os filmes exibidos contaram com qualquer espaço para debate e reflexão.

A Paraíba pede assistência

Se corre o risco de perder parte de sua importância a nível nacional e internacional, para a cultura paraibana o Cineport é um acontecimento nada desprezível, dada a grande privação por que passa o estado em matéria de circuitos para exibição de filmes menos bafejados pelos ventos da indústria. Em João Pessoa inexiste qualquer sala voltada para trabalhos alternativos. A combativa ABD local esteve no Cineport fazendo suas reivindicações por mais apoio à produção e à exibição independentes. A Paraíba é hoje o terceiro maior produtor de curtas do Nordeste, perdendo apenas para Pernambuco e Bahia. Sua produção não se concentra na capital, mas espalha-se pelos municípios do interior, onde também há muitos cineclubes. Apesar disso, o estado não oferece nenhum edital específico para o audiovisual além de um Prêmio Linduarte Noronha limitado a 300 mil reais. A verba dotada para a cultura na Paraíba não chega a 1 milhão de reais,
oito
  30 vezes menos que em Pernambuco.

Conversei sobre o assunto com João Carlos Beltrão e Ely Marques, respectivamente presidente e diretor da ABD. Segundo eles, a ação do governo nessa área é pífia. As dotações anuais mal dão para cobrir as captações do exercício anterior, deixando os realizadores à mercê dos seus próprios recursos ou de coletivos formados para matar a fome de cinema. O chamado Movimento Pelo Cinema Paraibano reivindica editais regulares e espaços para exibir a produção local (veja aqui).

E o Cineport não está fora desse campo de interesse. “A Sala Vladimir Carvalho, recém-inaugurada, tinha que ser um Cinema Vladimir Carvalho para exibir regularmente a produção independente”, propõe Beltrão, que já fotografou filmes de Vladimir. “Queremos cinemas, não salas multiuso”, complementa Ely, rejeitando um modelo que, na maioria das vezes, acaba não servindo para uso nenhum. Parece unânime em João Pessoa que o grande e agradável espaço ocupado pelo Cineport na Usina Cultural Energisa deveria ter um uso mais intensivo fora do período do festival. Parcerias com o governo e a UFPb poderiam ser o caminho para que os benefícios sazonais do evento se estendessem pelo resto do ano.

http://carmattos.com/2011/09/26/cineport-um-balanco-preocupante/

Festival de Cinema: oito filmes são premiados

Oito filmes foram premiados sábado (24), como parte do 6° Festival de Cinema de Cascavel. Os trabalhos foram premiados até a terceira colocação na categoria ficção em curta-metragem. Nas demais categorias, foram premiados somente os primeiros colocados.
Essa edição reuniu 125 trabalhos, de 13 estados brasileiros. Foram disponibilizadas à população várias sessões de filmes e oficinas de cinema gratuitas, entre outras atividades. A avaliação é positiva.
Esse 6º Festival foi muito positivo. Tivemos mais de 150 filmes exibidos, além de várias extensões. Tivemos 12 filmes de Moçambique, muito interessantes, que tornaram o espetáculo ainda melhor. A participação foi interessante e traz expectativas para o próximo ano, disse a secretária de Cultura, Judet Bilibio.
De acordo com ela, a ideia é fazer, para o próximo ano, uma mostra de cinema estudantil, para incrementar o 7º Festival de Cinema. Vamos abrir também para que os nossos jovens possam participar com suas produções e criatividade, finalizou.
Confira as obras premiadas
Ficção curta-metragem:
1º - Filme: A Fábrica, direção: Aly Muritiva Curitiba/PR
2º - Filme: Entre Muros, direção: Adriana Tenório Rio de Janeiro/RJ
3º - Filme: Julie, Agosto, Setembro, direção: Jarleo Barbosa Goiânia/GO
Ficção longa-metragem:
1º - Filme: Mea Culpa, direção: Júlio Léllis Rio de Janeiro/RJ
Documentário curta-metragem:
1º - Filme: No Ventre da Poesia, direção: Karlla Christine e Carlos Mosca Campina Grande/PB
Documentário média-metragem:
1º - Filme: Instalação Rituais, direção: Gislline Giovana Braga Campo Largo/PR
Animação:
1º - Filme: O Ogro, direção: Márcio Junior e Márcia Deretti Goiânia/GO
Filmes de até 3 minutos:
1º - Filme: Inexorável, direção: Júlio Coacci Brasília/DF

http://pref-cascavel.jusbrasil.com.br/politica/7759706/festival-de-cinema-oito-filmes-sao-premiados

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

"No ventre da poesia" recebe prêmio de Melhor Documentário no Festival de Cinema de Cascavel/PR


A cerimônia de premiação do 6º Festival de Cinema de Cascavel aconteceu nesse sábado dia 24 de setembro de 2011. O Juri oficial escolheu as seguintes obras:

MELHOR FILME NA CATEGORIA DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM
NO VENTRE DA POESIA
DIRETOR: KARLLA CHRISTINE E CARLOS MOSCA
CAMPINA GRANDE – PB

MELHOR FILME NA CATEGORIA DOCUMENTÁRIO EM MÉDIA-METRAGEM
INSTALAÇÕES RITUAIS
DIRETOR: GISLLINE GIOVANA BRAGA
CAMPO LARGO-PR

MELHOR FILME NA CATEGORIA ANIMAÇÃO
O OGRO
DIRETOR: MÁRCIO JUNIOR E MÁRCIA DERETTI
GOIÂNIA-GO

MELHOR FILME NA CATEGORIA FILME DE ATÉ TRÊS MINUTOS
INEXORÁVEL
DIRETOR: JULIANO COACCI
BRASÍLIA-DF

MELHOR FILME NA CATEGORIA FICÇÃO EM LONGA-METRAGEM
MEA CULPA
DIRETOR: JÚLIO LÉLLIS
RIO DE JANEIRO - RJ

MELHOR FILME NA CATEGORIA FICÇÃO EM CURTA-METRAGEM
PRIMEIRO LUGAR
A FÁBRICA
DIRETOR: ALY MURITIBA
CURITIBA – PR
SEGUNDO LUGAR
ENTRE MUROS
DIRETOR: ADRIANA TENÓRIO
RIO DE JANEIRO - RJ
JULIE, AGOSTO, SETEMBRO
DIRETOR: JARLEO BARBOSA
GOIÃNIA – GO

http://www.cascavel.pr.gov.br/secretarias/cultura/subpagina.php?id=791

domingo, 18 de setembro de 2011

"No ventre da poesia" caminhando sempre!

Mais um festival de cinema tem a participação de "No ventre da poesia" em sua mostra competitiva. Festival de Curtas de Cascavel/PR.
O Festival de Cinema transforma Cascavel em ponto de encontro, aprendizagem e diversão para cineastas e cinéfilos da cidade e do País, proporcionando uma ótima oportunidade para celebrar a Sétima Arte contemporânea. O “Festival de Cinema” conta com um espaço pedagógico de estímulo a especialização promovendo cursos. Este Festival já faz parte das diversas programações do calendário anual da Secretaria de Cultura de Cascavel, reunindo profissionais de diversas localidades do país e tem como foco principal a divulgação e mostra do cinema nacional, regional e local. A cidade de Cascavel ao promover este evento tem a intenção de realizar este encontro da 7ª Arte e o público, celebrando e promovendo as produções nacionais, estimulando novas idéias, gerando reflexões e fomentando as potencialidades artísticas.  
O Festival de Cinema se realiza de 18 a 25 de setembro.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

"No ventre da poesia" em mais uma mostra etnográfica

PROGRAMAÇÃO

PROGRAMAÇÃO DO IV SEMINÁRIO DO LABORATÓRIO DE ESTUDOS EM MOVIMENTOS ÉTNICOS
Segunda – 12 DE SETEMBRO
09:00h –12:00h Credenciamento
9:30h -10:00h Mesa de Abertura
10:00h – 11:45h
Mesa 1 – Demandas de Grupos Étnicos e Populações Tradicionais na Paraíba
Coordenação: Mércia Batista (UFCG)
Estêvão Palitot (UFPB), Patrícia Goldfarb (UFPB), Fabio Mura (UFPB), Inafran Ribeiro (UFCG)

11:45h – 12:00h Abertura da IV Mostra LEME de Fotografia e Filme Etnográficos

13:30h - 15:00h Prolind Potiguara (UFCG) Sessão Coordenada 1 - Coordenação Estêvão Palitot (UFPB)
15:00h - 16:00h
Mostra de filmes etnográficos – Sessão 1
13:30h - 17:00h Atividade Paralela: Fórum de Graduandos e Pós-Graduandos: Coordenação Profª Mercia Batista (UFCG)
16:00h- 17:45h
Mesa 2 - Estudos de gênero no nordeste indígena: um campo em desenvolvimento?
Coordenação: Jurema Machado de Andrade Souza (UFRB)
Heloisa Eneida Cavalcante (CCLF)
Conceição Feitosa (Ceiça Pitaguary) (APOINME)
Debatedora: Silvana Nascimento (UFPB)

19:00h-

19:30h
Apresentação: Terreiro de Mãe Geralda
19:30h-22:00h Conferência (Aula Inaugural do Semestre 2011.2 do Programa de Pós-Graduação em Antropologia da UFPB)
Prof. João Pacheco de Oliveira (Museu Nacional/UFRJ)



Terça – 13 DE SETEMBRO

10:00h – 11:45h Mesa 3 – Quem escreve o documento? Sobre Fontes e Interpretações
Coordenação: Edmundo Pereira (UFRN)
Edson Silva (UFPE), Lígio Maia (UFRN), Carlos Guilherme do Valle (UFRN)
Debatedor: João Pacheco de Oliveira (MN/UFRJ)

11:45h –

12:00h Lançamento de livros
13:30h - 15:00h Prolind Potiguara (UFCG) Sessão Coordenada 2 - Coordenação José Gabriel Correia (UFCG)
15:00h - 16:00h
Mostra de filmes etnográficos – Sessão 2
16:00h- 17:45h
Mesa 4 – Territorialidades e os processos de identificação: desafios para debate
Coordenação: Franklin Carvalho (UFBA)
Vânia Fialho (UPE), Rosa Acevedo Marin (UFPA)
19:00h-
19:30h
Apresentação: Toré Forte
19:30h-22:00h
Fórum – Revisitando as pesquisas com os Potiguara
Coordenação: Caboquinho Potiguara
Glebson Vieira (UERN), Sidnei Peres (UFF), Vânia Fialho (UPE), Lusival Barcellos (UFPB), Amanda Marques (IFAL), Estêvão Palitot (UFPB)




Quarta – 14 DE SETEMBRO

10:00h – 11:45h Mesa 5 – Produções Acadêmicas dentro do Campo da Antropologia Audiovisual
Coordenação: Marcos Alexandre Albuquerque (UFSC) e Silvia Martins (UFAL)
Juliana Barrettto (UFPE), Ana Laura Loureiro (UFPE), Siloé Amorim (UFPB) e Glauco Machado (CESREI)

13:30h - 15:00h Prolind Potiguara (UFCG) Sessão Coordenada 3 - Coordenação Mércia Batista (UFCG)

15:00h - 16:00h
Mostra de filmes etnográficos – Sessão 3
16:00h- 17:45h
Mesa 6 - Etnografia Visual e Sonora
Coordenação: Siloé Amorim (UFPB) e João Martinho de Mendonça (UFPB)
Sandreana Melo (UFAL), Edmundo Pereira (UFRN), Silvia Martins (UFAL), Moroni Nascimento (UFPE), Luciana Marinho (IPHAN/RR)
19:00h-
19:30h
Apresentação: Coco de Roda Indígena da Aldeia Cumaru

19:30h-22:00h

Mesa 7 - experiências de antropólogos em assessoria a políticas públicas indigenistas
Coordenação: José Augusto Sampaio (UNEB)
Jurema Machado (UFRB)
Ruth Henrique da Silva (UFPB)
Estêvão Palitot (UFPB)

APRESENTAÇÃO

O LEME constitui-se como espaço de interlocução e pesquisa para investigadores preocupados com os processos de mobilização dos grupos étnicos da região Nordeste, tanto indígenas como quilombolas, suas formas de interação social e suas perspectivas de desenvolvimento. Fazem parte do LEME 45 pesquisadores de diversas universidades públicas do Brasil, listadas a seguir: Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Universidade Estadual do Ceará (UECE), Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Fluminense (UFF), Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e Universidade Federal da Bahia (UFBA).
O IV Seminário do Leme e a IV Mostra Leme de Fotografia e Filmes Etnográficos, será realizada no Centro de Ciências Aplicadas e Educação da Universidade Federal da Paraíba, Campus IV, localizado na cidade de Rio Tinto/PB, nos dias 12 a 14 de setembro de 2011.

"No ventre da poesia" no ETNODOC do Recife

 
O documentário de Karlla Christine e Carlos Mosca foi selecionado para compor uma das mostras paralelas do Etnodoc Recife. O III Festival do Filme Etnográfico do Recife, que acontece de 26 a 29 de setembro de 2011, tem por objetivo premiar produções cinematográficas/videográficas, produzidas a partir de 2009, que apresentem qualidade técnica reconhecida na área. Produções nacionais e internacionais de documentários, que abordem questões socioculturais contemporâneas sobre pessoas, grupos sociais, processos históricos sob temáticas de interesse antropológico. Serão premiados o melhor filme etnográfico e o melhor documentário. Haverá também uma premiação especial do júri popular.
Este festival é uma promoção dos Programas de Pós-Graduação em Antropologia e Comunicação Social da Universidade Federal de Pernambuco.



Mostra "Narrativas, vida e cotidiano"
  1. Acercadacana - 20’
    direção: Felipe Peres/Brasil/2010
  2. Água pra que te quero! - 16’
    direção: Nívia Uchôa/Brasil/2010
  3. Alumia - 55’
    direção: Andrea Ferraz e Carol Vegolino/Brasil/2009
  4. Avenida Brasília Teimosa - 85’
    diretor: Gabriel Mascaro/Brasil/2010
  5. Barras e barreiras, retrato de Kelly Alves - 38’
    direção: Riccardo Migliore/ One Love Filmes/Brasil/2011
  6. Bom dia, meu nome é Sheila - 17’
    direção: Ângelo Defanti/Brasil/2009
  7. Capitão do mangue - 6’
    direção: alunos da Escola Erenita Rodrigues Trancoso/Brasil/2010
  8. Cine Nazaré - 19’
    direção: Thalles Chaves da Costa/Brasil 2010
  9. Crônicas de uma morte anunciada - 6’
    Ivan Canabrava e Ana Galli/Brasil/2011
  10. Doc de amor - 70’
    direção: Jucélio Matos/Brasil/2011
  11. Entre lugares: a invisibilidade do homem trans - 16’
    direção: Luiz Carlos Nascimento/Brasil/2011
  12. Hoje tem alegria - 25’
    direção: Fábio Meira/Brasil/2010
  13. Identidade - além do que se vê - 21’
    direção: Manuela Ramos e Mônica Braga/Brasil/2009
  14. Mãos de Itaparica - 54’
    direção: Emiliano Dantas/Brasil/2011
  15. No ventre da Poesia - 15’
    direção: Karlla Christine e Carlos Mosca/ Brasil/2011
  16. O diário de Márcia - 20’
    direção: Bertrand Lira/Brasil/2011
  17. O poeta e a bicicleta - 12’
    direção: Thalles Chaves da Costa/Brasil/2010
  18. Paredes pintadas - 74’
    direção: Pedro Santos/Brasil/2010
  19. PPCAAM - 19’
    direção: Ivan Canabrava e Eduardo François/Brasil/2010
  20. Raízes do Sertão - 13’
    Deleon Souto/Brasil/2010
  21. Irmãs - 15’
    direção: Gian Orsini/Brasil/2011
  22. Tempo impresso - 5’10’’
    direção: Marcos Enrique Lopes/Brasil/2011
  23. Bolpebra não soube classificar - 8’
    direção: Guilherme Marinho, João Castelo Branco e Rafael Urban/Brasil/2011
  24. Geada Negra *não soube classificar - 52’
    direção: Adriano Justino/Brasil/2010
  25. Intelectuais indígenas - 20’
    direção: Vandimar Marques Damas/Brasil/2011

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Como nos sentimos!

“Porque a Paraíba precisa ser assistida” ?

Ao Sr. Secretário de Estado da Cultura Chico Cesar
A Paraíba disputa hoje o terceiro lugar do Nordeste em produção audiovisual, sendo que boa parte desta produção acontece não apenas em João Pessoa, mas em todo o território do nosso estado. Na cidade de Campina Grande, para o VI Festival Comunicurtas de Audiovisual, mais de cento e dez filmes feitos na Paraíba foram inscritos e esse número só cresce a cada ano, mostrando que aqui se produz cada vez mais e melhor, embora não haja espaço para exibição de tantas obras cinematográficas. Desta forma, a proliferação desesperada de Festivais que agonizam o espaço do cinema paraibano para os paraibanos é cada vez mais evidente. Diversas cidades do interior buscam a valorização do audiovisual enquanto manifestação cultural e artística, enquanto reflexo de uma sociedade que pede para se ver na tela. É imperativo que o poder publico fomente o audiovisual com editais regulares e verbas à altura do expressivo movimento de produção e exibição de audiovisual que grassa por todo o Estado!
Atualmente estamos diante de um impasse cujo cerne é um monumento histórico de Campina Grande: o Cine São José. Construído na década de quarenta e sucateado até o presente momento, este gigante da história cinematográfica clama por ação de seus amantes, requerendo seu espaço no meio do atual levante do audiovisual paraibano. “Reforma” é a palavra central neste movimento. Não apenas uma reforma que devolva ao Cine São José a beleza e atividade de outrora, mas principalmente a reforma da maneira de pensar cinema neste estado. Cinema, assim como qualquer outra arte, necessita de público, o qual por sua vez também é ávido por consumi-la. Precisa-se, neste momento, transformar em grito os sussurros de uma cultura da miséria evidenciada por parte das autoridades responsáveis. Reforma conforme levantada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba em seu projeto inicial, que ao analisar a área do Cine São José construiu toda uma perspectiva de exibição do audiovisual, contemplando ainda a construção de um anfiteatro, café, áreas de música, dentre outros aspectos que contemplam sim a cultura como um todo, mas deixando ainda intacto o patrimônio do Cinema Paraibano. O projeto do IPHAEP aqui defendido não exclui nenhuma arte, como fruto inconseqüente de um separatismo artístico onde Cinema intriga-se de teatro, música e outros, mas em verdade ressalta o cinema enquanto arte de síntese, agrupando ali, sob sua batuta, outras formas de se ver a arte. Cinema precisa ser exibido. Nosso cinema precisa ser exibido. E o Cine São José clama sua chance de voltar a ser algo mais que entulhos. A Paraíba precisa ser assistida hoje.
É o cinema quem nos permitirá não apenas conhecer nosso contexto sócio-cultural, mas também mostrá-lo ao mundo. Chegou a hora de levantar a máscara de pobres coitados e deixar transparecer o rosto de um povo que precisa mostrar sua essência, de produtores e consumidores de uma arte que não deveria ser associada exclusivamente a grandes centros onde a indústria do entretenimento tantas vezes faz calar a arte em prol da bilheteria. Somos todos paraibanos, somos todos capazes, somos todos CINEMA.

Sendo assim, os motivos mais urgentes desse abaixo-assinado são:

-A divulgação da pauta com o plano de ações, atividades e investimentos voltados ao fomento, difusão e preservação do cinema paraibano;

-Resposta à "Carta de Coremas" entregue durante reunião com representantes e ABD-PB à SECULT. Carta escrita e assinada por cineastas paraibanos durante primeiro festival de cinema em Coremas;

-Tornar público, previamente à sua execução, o projeto do Cine São José assim como os laudos técnicos que os certificam.

Campina Grande, Paraíba, 03 de Setembro de 2011
Movimento pelo Cinema paraibano.

I JABRE - LABORATÓRIO DE ROTEIRO Congo, 14 a 18 de julho de 2011.


Nós, produtores de audiovisual oriundos das cidades de Alagoa Grande, Carrapateira, Catolé do Rocha, Congo, Coremas, Cuité, João Pessoa, Teixeira, Nazarezinho, Picuí, Serra Branca, do estado da Paraíba, reunidos à margem do Açude Cordeiro do município do Congo, Paraíba, referendamos totalmente o conteúdo da Carta de Coremas, que segue abaixo, escrita em 09 de abril de 2011, na cidade de Coremas, Paraíba, uma vez que reconhecemos a importância de suas apreciações e sugestões para a descentralização e para o pleno desenvolvimento do setor do audiovisual paraibano,  na expectativa de que elas venham a ser atendidas o mais urgentemente possível pelos nossos governantes.
Assinam este referendo:
  1. Allan Marcus Gomes Cavalcante – Alagoa Grande - PB
  2. Edmilson Gomes da Silva Júnior – Catolé do Rocha - PB
  3. Francisco José Rodrigues – João Pessoa - PB
  4. Gustavo Alexandre Ferreira da Silva – Alagoa Grande - PB
  5. Ighor Rafael Lins do Egito – Serra Branca - PB
  6. Igor da Nóbrega Gomes – Teixeira - PB
  7. Ismael de Azevedo Moura – Cuité - PB
  8. Ismael Moisés da Silva Santos Moura – Picuí - PB
  9. José Diones Nunes dos Santos – Congo - PB
  10. Kennel Rógis Paulino – Coremas - PB
  11. Lucas Alves Pereira – Carrapateira - PB
  12. Paulo Roberto de Souza Júnior – Nazarezinho - PB
  13. Ramon Batista Neves - Nazarezinho - PB
  14. Torquato Joel – João Pessoa - PB
  15. Virgínia de Oliveira Silva – João Pessoa - PB
FÓRUM DO AUDIOVISUAL PARAIBANO
Coremas, 09 de abril de 2011.

CARTA DE COREMAS

Segundo recentes dados da ANCINE (órgão estatal que acompanha e administra a aplicação prática das políticas criadas para o desenvolvimento do audiovisual no Brasil), em relação à questão estatística da produção cinematográfica na Região Nordeste, o Estado da Paraíba, atrás da Bahia e de Pernambuco, disputa o terceiro lugar com o Estado do Ceará. Uma particularidade desse fato se faz notória no processo de interiorização da produção audiovisual na Paraíba que vem se realizando de maneira intensa[1], ao lado da consolidada produção do eixo João Pessoa-Campina Grande.
Esse crescimento não se revela somente em termos da quantidade da penetração geográfica, mas também nos resultados do aumento da qualidade de nossa produção que, a despeito de toda série de dificuldades e obstáculos que habitam e traduzem o cotidiano do setor audiovisual paraibano, vem rompendo fronteiras, sendo selecionada para inúmeros festivais, conquistando um impressionante índice de premiações, tanto no cenário nacional quanto no internacional, o que nos projeta para além de nossos limites, enquanto, ao mesmo tempo, nos promove o reconhecimento de nosso imenso potencial criativo e realizador e oferece elementos para o aquecimento de nossas divisas artístico-econômicas, gerando arte, cultura, sonhos, esperança, possibilidades, emprego, prestação de serviços e renda.
Mas na Paraíba necessitamos, urgentemente, da criação de políticas públicas estaduais e municipais para o fomento real dessa nossa capacidade artístico-econômica em torno do audiovisual. Em nosso estado vizinho, Pernambuco, por exemplo, há, como aqui na Paraíba, expressiva vocação para o segmento de curtas-metragens, mas diferentemente daqui, tal produção é reconhecida tanto pelo governo que, atualmente, designa, através do 4º Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco, R$ 8 milhões somente para o setor do audiovisual; quanto pela academia que, em 2007, lançou o Núcleo de Audiovisual na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, para a formação, produção, difusão e preservação da memória do audiovisual, consolidando o estado como pólo de audiovisual; enquanto, incrédulos, assistimos na Paraíba à anunciação do insólito “Prêmio” Linduarte Noronha (manchando inclusive o nome de um dos nossos maiores expoentes históricos da produção do audiovisual da Paraíba) na ordem de R$ 200 mil[2] voltados para a produção de 9 (nove) projetos de curtas-metragens oriundos, teoricamente, de todo o estado, para o qual testemunhamos concorrer até mesmo docentes da Universidade Federal da Paraíba - UFPB.
Assim, reunidos à beira das águas doces do Açude Estevão Marinho, no município de Coremas, no Sertão Paraibano, no dia 09 de abril de 2011, nós, coordenadores de festivais, artistas, realizadores e produtores de audiovisuais de todos os recantos do Estado da Paraíba, abaixo-assinados, confraternizamos com alegria a percepção do crescimento da interiorização do potencial produtivo deste setor extrapolando o eixo João Pessoa–Campina Grande e redigimos esta Carta de Coremas destinada aos gestores públicos para sugerir os seguintes pontos a serem considerados na elaboração das políticas públicas para potencializar com profissionalismo e dignidade a área da cultura, em geral, e, mais especificamente, o setor do audiovisual paraibano:
1. Pensar políticas públicas que visem realmente fomentar, defender e difundir a produção do cinema paraibano;
2. Prestigiar o cinema de autor, considerando que o “cinema de mercado” tem mecanismos de auto-sustentação e que já existem leis que beneficiam este tipo de produção. Desta forma, as políticas culturais devem atender a produtos diferenciados no que diz respeito à qualidade e ao conteúdo;
3. Garantir urgentemente a dotação permanente de verba satisfatória para o desenvolvimento e consolidação do audiovisual paraibano como Política de Estado e não como política de governo (como ainda é o Fundo de Incentivo à Cultura – Augusto dos Anjos – FIC, que além de forçar os diversos setores artísticos a disputar uma fatia do orçamento com todas as áreas da Cultura, fica ao sabor da decisão pessoal e política de cada governante) ou como prêmio sazonal, (seguindo o exemplo já citado de nosso estado vizinho, Pernambuco, bem como o do Ceará que investe mais de R$ 6 milhões neste setor!) e distribuí-la de modo descentralizado por cotas proporcionais de acordo com a densidade demográfica entre as 4 (quatro) mesorregiões paraibanas[3] (Sertão, Borborema, Agreste e Mata Paraibana), garantindo-se a possibilidade de nova redistribuição, no todo ou em parte, da cota da(s) mesorregião(ões) que, por ventura, não venha(m) a apresentar qualquer proposta ou que não as apresente(m) em número suficiente para a distribuição de todo o percentual orçamentário a ela(s) destinado, entre as outras mesorregiões que apresentaram projetos. A nova divisão também deverá ser de modo proporcional, de acordo com o número de projetos apresentados em cada mesorregião, de forma a atender o maior número possível de proponentes, sem a possibilidade de devolução da(s) cota(s) para os cofres públicos (Fundo de Incentivo à Cultura do Estado, Fundo Municipal de Cultura...) ou de seu remanejamento para quaisquer outras áreas;
4. Prever na política de dotação orçamentária voltada para o incentivo e a consolidação do audiovisual paraibano tanto a existência de cotas específicas para iniciantes quanto para profissionais;
5. As comissões que selecionam os projetos de produtos audiovisuais que receberão verba de entidades públicas têm que ser compostas, essencialmente, por profissionais reconhecidamente pertencentes à categoria cinematográfica e externos à Paraíba;
6. Garantir a plena liberdade de expressão cultural e o acesso imediato, amplo e irrestrito às obras financiadas pelo poder publico, conforme destacam a Carta de Tabor, o artigo 27 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 que afirma "Todo homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir de seus benefícios", e a Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, ao ressaltar em seu artigo 215 que "O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais";
7. Inserir o cinema brasileiro, em particular o paraibano, nas escolas, bem como proporcionar, pelo menos uma vez por mês, a ida de estudantes ao cinema para exibições de produções cinematográficas paraibanas ou nacionais, a exemplo do programa “Vá ao Cinema”, da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo que vem multiplicando o acesso da população aos filmes brasileiros, estimulando os distribuidores e exibidores a colocá-los na programação, remunerando produtores e diretores com a renda líquida resultante das exibições;
8. Apoiar concretamente os pontos de cultura e os cineclubes de todo o Estado, reconhecendo o seu importante papel, sobretudo, no que tange à divulgação e ao debate do produto audiovisual nacional, de um modo geral, e, mais especificamente, da produção paraibana;
9. Fomentar com recursos materiais e orçamentários projetos de:
a) formação de recursos humanos para a área do audiovisual paraibano, a exemplo dos já comprovadamente exitosos: “Viação Paraíba”, “Cinema Adentro”, “Projeto Cinestésico – Cinema e Educação”, “Paraíba Cine Senhor”, dentre outros;
b) produção de Festivais de Audiovisuais no Estado da Paraíba, a exemplo, dos: “FestAruanda” em João Pessoa; “ComuniCurtas” em Campina Grande; “CineCongo” no Congo, “CurtaCoremas” em Coremas; “CurtaCuité” em Cuité;  “Cinema com Farinha” em Patos; “Festival do Minuto do Cariri Paraibano” em Monteiro; “FestCine do SemiÁrido Paraibano” em Cabaceiras; “Festival de Cinema da Estação Ciência” em João Pessoa;
c) produção de Mostras, tais como: “Mostra Interestadual do Cinema Paraibano”, promovida pelo Projeto Cinestésico em diferentes cidades paraibanas e em três cidades do Estado do Rio de Janeiro; “Mostra de Cinema Acauã”, promovida pelo Ponto Audiovisual de Cultural Acauã em Aparecida;
d) pesquisas acadêmicas sobre a produção cinematográfica paraibana, realizadas por instituições tais como a UFPB, a UFCG, a UEPB, o IFPB e a Academia Paraibana de Cinema;
e) publicação bibliográfica (livros, revistas, jornais) e on line (sites, blogs) dos resultados das pesquisas acadêmicas.
 10. Assinar convênios com TVs públicas (federal e municipal) para veicular os audiovisuais produzidos a partir dos editais públicos (federal, estadual e municipal), proporcionando maior penetração desses produtos junto ao seu público em potencial, e oferecendo, em contrapartida, conteúdo de boa qualidade, tornando-as o escoadouro da exibição e divulgação da produção audiovisual paraibana e, sobretudo, ampliando sua possibilidade de atuação como produtoras.
Assinam esta carta:
 Alan Gomes - Alagoa Grande - RG
Alexandre Soares - Taquaritinga do Norte - PE – RG
Bertrand Lira - João Pessoa - RG
Dávila Maria da Cruz Andrade - Coremas - RG
Débora Regina Opolski - João Pessoa - RG
Deleon Souto - Patos - RG
Diassis Pires - Coremas - RG
Diego Vinícius Benevides Ramos - João Pessoa - RG
Ely Marques - João Pessoa - RG
Francisco José Rodrigues (Dudé) - João Pessoa - RG
Gian Filipe Rodrigues Orsini - João Pessoa - RG
Helena Pereira - Nazarezinho - RG
Heleno Bernardo Campelo Neto - João Pessoa - RG
Igor da Nóbrega - Teixeira - RG
Iris Mendes - Nazarezinho - RG
João Carlos Beltrão - João Pessoa - RG
José Dhiones - Congo - RG
José Gregório - João Pessoa - RG
Kennel Rógis - Coremas - RG
Laércio Ferreira - Aparecida - RG
Marcélia Cartaxo - João Pessoa - RG
Marcelo Quixaba - João Pessoa - RG
Pablo Maia - João Pessoa - RG
Torquato Joel - João Pessoa - RG
Virgínia de Oliveira Silva - João Pessoa - RG 05677176-9 – DETRAN RJ
Yaroslavia Paiva - Aparecida - RG


[1] O primeiro edital “Revelando os Brasis”, lançado em 2004, destinado ao fomento de produção audiovisual em cidades com até 20 mil habitantes, contemplou a seguinte quantidade de histórias por Estado da Região Nordeste: Paraíba (5: Jacaraú, São Sebastião do Umbuzeiro, Pitimbu, Gurinhém e Aparecida), Bahia (4), Alagoas (3), Ceará (2), Rio Grande do Norte (2), Pernambuco (1), Piauí (1) e Sergipe (1); no segundo edital, a seleção ficou assim distribuída: Bahia (4), Paraíba (3: Barra de São Miguel, Cuité e São José de Piranhas), Pernambuco (3), Alagoas (1), Ceará (1), Maranhão (1), Piauí (1), Rio Grande do Norte (1), Sergipe (1); no terceiro edital, premiou Bahia (4), Rio Grande do Norte (3), Paraíba (2: Santa Luzia e Sumé), Pernambuco (2), Ceará (2); e no quarto e último edital até o momento, Bahia (5), Paraíba (4: Conde, Vieirópolis, Nazarezinho e Aroeiras), Pernambuco (2), Piauí (2), Ceará (2), Maranhão (1) e Alagoas (1). Tais edições possibilitaram a realização de 160 vídeos digitais em todo o Brasil, 14 só na Paraíba. Somente o  edital “Microprojetos Mais Cultura” proposto pelo Ministério da Cultura, através da Secretaria de Articulação Institucional (SAI) e da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB), Instituto Nordeste Cidadania (INEC) e órgãos estaduais de cultura de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, contemplou, direta e indiretamente, projetos de produção e exibição audiovisuais do Semiárido da Paraíba com mais de R$ 200 mil.
[2] Que levou mais de um ano para ser entregue e, mesmo assim, após intensa mobilização da categoria!
[3] A distribuição da dotação orçamentária de modo proporcional consideraria a densidade demográfica das mesorregiões, de acordo com os dados do Censo de 2006 do IBGE, valendo-se inicialmente da seguinte proposta de divisão percentual do montante total: 2 Mesorregiões paraibanas possuem mais de 1 milhão de habitantes (Agreste e Mata Paraibana), o percentual seria de 35% para cada uma delas; uma Mesorregião tem mais de  500 mil e menos de 1 milhão de habitantes (Sertão), seu percentual seria de 20%; e uma Mesorregião tem menos de 500 mil habitantes (Borborema), seu percentual corresponderia a 10%.

III FÓRUM DE REALIZADORES DO AUDIOVISUAL PARAIBANO CARTA DE CAMPINA GRANDE


Manifesto Pelo Cinema Paraibano

Nós, realizadores paraibanos reunidos no 3º Fórum de Realizadores Audiovisuais da Paraíba, evento realizado paralelo ao VI Comunicurtas - Festival do Audiovisual de Campina Grande, promovido pelo Moinho de Cinema da Paraíba, ocorrido no dia 03 de setembro de 2011, Campina Grande, no agreste paraibano endossamos que:
- Referendamos as deliberações da Carta de Coremas, elaborado no I Curta Coremas e do Manifesto Jabre, elaborado na cidade do Congo, que visam melhorias na estrutura da atual situação do audiovisual paraibano, bem como sua relação com o poder púbico, no tocante à falta de investimentos necessários e de políticas efetivas no campo da formação, do fomento, da produção e do escoamento das obras audiovisuais do nosso estado.
- Ressaltamos ainda, que tendo por base os investimentos em audiovisual em estados vizinhos como Pernambuco e Ceará, quando são investidos por ano 8 e 5 milhões de reais, respectivamente, suprindo suas demandas. Acreditamos que o montante de 2 milhões anuais para investimento em audiovisual, por via de editais públicos, nas áreas desde produção, passando por exibição e distribuição, tornam-se atualmente ideais e relevantes a demanda do estado.
- Evidenciamos o dado estatístico do VI Comunicurtas, entre ficções e documentários, validando a proposta supracitada, em que foram inscritas mais de 110 obras genuinamente paraibanas, de todas as mesorregiões do estado.
- Dentro das políticas de consolidação do audiovisual em nosso estado, se faz necessário a apropriação de espaços específicos para apreciação da arte cinematográfica, com estrutura adequada e voltada para tanto. Onde se destaca o movimento ‘A Paraíba Precisa Ser Assistida’, unindo as atividades militantes de restauração e reativação enquanto cinema do Cine São José, localizado na Rua Lino Gomes da Silva, bairro São José, na cidade de Campina Grande. Conglomerando não somente as produções paraibanas, mas também produções nacionais fora do circuito comercial, mostras fixas e itinerantes dos mais variados temas e culturas, suporte para os cineclubes atuais e demais atividades ligadas à sétima arte, viabilizando a acessibilidade da população do compartimento da Borborema aos meios de fomentar a cultura, lazer e cidadania.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

"A Paraíba precisa ser assistida!" Movimento pelo cinema paraibano. #pelocinepb

sábado 09:00 - sábado 9h no CINE SÃO JOSE´ em CG - CAMPINA GRANDE, Paraíba
“Porque a Paraíba precisa ser assistida” Movimento pelo Cinema paraibano. A Paraíba disputa hoje o terceiro lugar do Nordeste em produção audiovisual, sendo que boa parte desta produção acontece não apenas em João Pessoa, mas em todo o território do nosso estado. Na cidade de Campina Grande, para o VI Festival Comunicurtas de Audiovisual, mais de cento e dez filmes feitos na Paraíba foram inscritos e esse número só cresce a cada ano, mostrando que aqui se produz cada vez mais e melhor, embora não haja espaço para exibição de tantas obras cinematográficas. Desta forma, a proliferação desesperada de Festivais que agonizam o espaço do cinema paraibano para os paraibanos é cada vez mais evidente. Diversas cidades do interior buscam a valorização do audiovisual enquanto manifestação cultural e artística, enquanto reflexo de uma sociedade que pede para se ver na tela. Atualmente estamos diante de um impasse cujo cerne é um monumento histórico de Campina Grande: o Cine São José. Construído na década de quarenta e sucateado até o presente momento, este gigante da história cinematográfica clama por ação de seus amantes, requerendo seu espaço no meio do atual levante do audiovisual paraibano. “Reforma” é a palavra central neste movimento. Não apenas uma reforma que devolva ao Cine São José a beleza e atividade de outrora, mas principalmente a reforma da maneira de pensar cinema neste estado. Cinema, assim como qualquer outra arte, necessita de público, o qual por sua vez também é ávido por consumi-la. Precisa-se, neste momento, transformar em grito os sussurros de uma cultura da miséria evidenciada por parte das autoridades responsáveis. Reforma conforme levantada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba em seu projeto inicial, que ao analisar a área do Cine São José construiu toda uma perspectiva de exibição do audiovisual, contemplando ainda a construção de um anfiteatro, café, áreas de música, dentre outros aspectos que contemplam sim a cultura como um todo, mas deixando ainda intacto o patrimônio do Cinema Paraibano. O projeto do IPHAEP aqui defendido não exclui nenhuma arte, como fruto inconseqüente de um separatismo artístico onde Cinema intriga-se de teatro, música e outros, mas em verdade ressalta o cinema enquanto arte de síntese, agrupando ali, sob sua batuta, outras formas de se ver a arte. Cinema precisa ser exibido. Nosso cinema precisa ser exibido. E o Cine São José clama sua chance de voltar a ser algo mais que entulhos. A Paraíba precisa ser assistida hoje. É o cinema quem nos permitirá não apenas conhecer nosso contexto sócio-cultural, mas também mostrá-lo ao mundo. Chegou a hora de levantar a máscara de pobres coitados e deixar transparecer o rosto de um povo que precisa mostrar sua essência, de produtores e consumidores de uma arte que não deveria ser associada exclusivamente a grandes centros onde a indústria do entretenimento tantas vezes faz calar a arte em prol da bilheteria. Somos todos paraibanos, somos todos capazes, somos todos CINEMA. Nathan Cirino MOVIMENTO PELO CINEMA PARAIBANO